Vida de jornalista não é fácil. A vida de um produtor jornalístico é menos fácil ainda! Afinal, somos nós (além dos repórteres, é claro) que damos a cara, ou melhor, o ouvido a tapa pelo veículo de comunicação, que nos extrai todas as forças possíveis e impossíveis de trabalho.
Cerca de 50 ligações por dia, sem contar as épocas de julgamentos marcantes ou eleições, marcam nossa rotina. São pedidos de notas, checagem de informações, e elas.... as entrevistas, que tornam nosso expediente um verdadeiro balcão de negociações. Lutamos para conseguir uma palavra, um tempo na agenda das fontes sempre tão ocupadas quanto nós. Sem falar dos produtores que lutam para levar os entrevistados aos estúdios das emissoras, ou a lugares específicos... Ó... esses são verdadeiros heróis.
Mas, mais difícil que marcar entrevistas, é desmarcá-las, especialmente se o motivo da falta é alheio à pratica jornalística em si. Olha... é muito chato! Ah... esqueci dos "AO VIVO"! Nossa, além de poder de persuasão, visão logística, conhecimento das técnicas jornalísticas, temos que tem bom condicionamento físico para correr, sempre e literalmente, atrás da informação.
Somos nós, os produtores, que fazemos a máquina jornalística acontecer, muitas das vezes! Deixando agora de ser eufêmica, somos os "faz tudo" da redação, principalmente, se o produtor ainda for estagiário (neste caso, melhorou um pouco com a nova lei da categoria)!
Gostaria, neste espaço, de agradecer aos assessores de comunicação prestativos e gentis e pedir aos que não o são que, por favor, repensem sua postura, vocês também precisam de nós.
Ó, Deus, que supera o poder dos empresários midiáticos, olhai sempre pelos produtores.
